Câncer ginecológico é um assunto que merece atenção. Isso porque a maioria desses cânceres tem uma característica comum e preocupante: eles não apresentam sintomas claros até alcançarem um estágio avançado, tornando o diagnóstico precoce um desafio.
Saber como seu corpo funciona e perceber mudanças, além de fazer exames de check up regulares, é essencial. Inclusive, alguns sinais podem ser pistas importantes se você souber o que observar.
Então, continue com a gente nessa leitura para se aprofundar nos tipos de câncer ginecológico, entender as medidas preventivas e conhecer os sinais de alerta que não devem ser ignorados.
Vamos nessa?
O que é câncer ginecológico
Quando falamos em câncer ginecológico, estamos nos referindo a um grupo de cânceres que afetam os órgãos reprodutivos da mulher. Eles se formam nos órgãos do sistema reprodutor feminino e podem acontecer em mulheres de qualquer idade.
Aqui no Brasil, os tipos mais comuns de câncer ginecológico são, em ordem de frequência: colo do útero, ovário e corpo do útero/endométrio, seguidos por câncer de vagina e vulva.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), todos os anos, aproximadamente 30 mil mulheres brasileiras são diagnosticadas com algum desses cânceres. Só para você ter uma ideia, dos casos registrados, 16.710 são de câncer no colo do útero. Isso significa que existe um risco de cerca de 15,38 casos para cada 100 mil mulheres no país.
Quais os tipos de cânceres ginecológicos
Câncer do colo do útero
Esse tipo de câncer é mais comum em quem tem mais de 40 anos e se desenvolve gradualmente. Começa com inflamação nas células que pode virar uma lesão pré-câncer chamada NIC. Se não cuidar, pode virar câncer.
O maior risco vem do HPV, um vírus que passa pelo contato sexual. A boa notícia é que tem vacina para prevenir o HPV em crianças e adolescentes. Além do HPV, fumar, começar a vida sexual cedo, ter muitos parceiros ou filhos e usar anticoncepcionais por muito tempo também são riscos.
O exame Papanicolau ajuda a encontrar lesões antes que virem câncer. Se o resultado for estranho, podem fazer outros exames como a colposcopia e biópsia.
No começo, o câncer do colo do útero quase não dá sinais. Mas se tiver corrimento estranho, sangramento depois do sexo ou entre menstruações, dor durante o sexo ou perda de peso sem motivo, é hora de ver um médico.
Câncer de ovário
Sabe aquela doença que cresce devagar e quase não dá sinais no começo? É o câncer de ovário. Muitas vezes, só dá para descobrir a doença quando ela está bem avançada.
Existem algumas situações que podem aumentar o risco de alguém ter esse câncer, como:
- Não ter tido filhos;
- Ter casos na família;
- Algumas síndromes genéticas com mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 2, ou a síndrome de Lynch.
Os sintomas podem ser confundidos com outras doenças e geralmente só aparecem quando o câncer já está mais sério. Se você sentir desconforto na barriga, inchaço, náusea, mudanças no peso sem explicação, cansaço estranho, dor durante o sexo ou nas costas, ou alterações no ciclo menstrual, é bom conversar com um médico.
Para descobrir se é câncer de ovário mesmo, o médico pode pedir um ultrassom especial chamado transvaginal e um exame de sangue para ver um marcador chamado CA-125. Se encontrar algo suspeito no ultrassom, só dá para confirmar com uma biópsia — quando tiram um pedacinho para olhar no microscópio.
Câncer do corpo do útero/endométrio
Esse é o tipo de câncer que acontece no útero, mais comum em mulheres acima dos 60 anos, especialmente após a menopausa.
Alguns fatores podem aumentar o risco, como:
- Estar acima do peso ideal;
- Começar a menstruar muito cedo ou entrar na menopausa mais tarde;
- Usar hormônios como o estrogênio por muito tempo;
- Ter síndrome do ovário policístico;
- Não ter tido filhos;
- Tratar com tamoxifeno (um remédio para câncer de mama);
- Ter diabetes ou pressão alta;
- Ter histórico familiar de certas síndromes genéticas.
Se você notar sangramento fora do normal ou após a menopausa, sentir dor na região da pelve, encontrar uma massa ao tocar a área pélvica ou perder peso sem explicação, é importante procurar um médico.
Câncer de vagina e vulva
A vagina é a parte interna e a vulva é a parte externa dos órgãos genitais femininos. Esses cânceres podem não dar sinais no começo e crescem devagar. Quando o câncer de vagina está mais avançado, pode causar sangramento fora do comum (geralmente depois do sexo), corrimento estranho ou dor durante o sexo.
No caso do câncer de vulva, pode haver mudança na cor da pele da vulva, pele mais grossa ou coceira, dor ou ardência, sangramento fora do período menstrual ou feridas que não cicatrizam.
Para descobrir se é câncer mesmo, o médico pedirá exames e fazer uma biópsia.
Como prevenir
A prevenção contra os cânceres ginecológicos é super importante e não é tão complicado assim.
Veja só:
- Vacinação contra o HPV: a vacina é eficaz na prevenção dos tipos de HPV que mais frequentemente causam câncer do colo do útero, vagina e vulva.
- Uso de preservativos: além de evitar gravidez indesejada e outras ISTs, o uso da camisinha durante as relações sexuais reduz a transmissão do HPV, principal causa de câncer ginecológico.
- Exames regulares: realizar o exame Papanicolau regularmente pode ajudar a detectar alterações pré-cancerosas no colo do útero antes que elas se desenvolvam em câncer.
- Evitar fumo: o tabagismo é prejudicial a um monte de coisas, inclusive aumentando o risco de câncer. Então, se puder, mantenha distância do tabaco.
É importante consultar um médico para obter recomendações personalizadas e realizar exames preventivos conforme orientação profissional.
A importância do diagnóstico precoce
A detecção precoce do câncer ginecológico é fundamental para salvar vidas. Exames regulares e a conscientização sobre os sintomas podem levar a resultados de tratamento mais bem-sucedidos.
Além disso, medidas preventivas como a vacinação e escolhas de estilo de vida saudáveis podem reduzir o risco de desenvolver esses tipos de câncer. É importante que as mulheres estejam atentas aos sinais e sintomas e consultem um médico prontamente para investigação e tratamento adequados.
Agora que você sabe o que é o câncer ginecológico e quais os principais sintomas, não deixe de se cuidar! Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de cura e menos invasivo pode ser o tratamento.
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