Se você tem uma vida sexual ativa, é essencial ficar por dentro de um tema super importante: as Infecções Sexualmente Transmissíveis, ou ISTs. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um milhão de pessoas no mundo inteiro contraem ISTs através de relações sexuais ou contato íntimo diariamente.
É um número significativo, que impressiona e mostra o quanto esse assunto precisa ser discutido, já que a melhor maneira de prevenção é a informação. Por isso, neste artigo, vamos explicar como identificar, tratar e prevenir as principais ISTs. Continue a leitura!
O que são as ISTs?
As ISTs são Infecções Sexualmente Transmissíveis causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas podem ser passadas por meio do contato sexual (oral, vaginal ou anal) sem o uso de preservativo masculino ou feminino com uma pessoa que esteja infectada.
Para as mulheres gestantes, é fundamental se manterem atualizadas com os exames de pré-natal. Isso porque, durante a gravidez, o parto ou mesmo na amamentação, existe a possibilidade de transmissão das ISTs para o bebê. Portanto, manter o acompanhamento médico em dia é fundamental para proteger a saúde tanto da mãe quanto da criança.
Mas não é só isso. As ISTs também podem ser transmitidas através do contato com áreas da pele que não estão íntegras ou mucosas expostas a secreções contaminadas, como sangue e saliva, por exemplo.
Isso significa que o compartilhamento de itens como seringas, agulhas, lâminas de barbear ou até mesmo alicates de unha que não estejam devidamente esterilizados pode ser um risco.
É importante lembrar que qualquer pessoa que tenha atividade sexual pode ser exposta a uma IST, independentemente de gênero ou idade. Reconhecer os sinais de uma infecção nem sempre é fácil, já que eles podem variar bastante ou até mesmo não se manifestar por um tempo. Por isso, se informar e tomar as devidas precauções é sempre a melhor escolha.
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IST ou DST: qual a diferença
Se você ouviu o termo DST e achou que era a mesma coisa que IST, não se preocupe. As siglas podem, de fato, confundir — mas sim, tem diferença!
IST significa Infecção Sexualmente Transmissível, enquanto DST significa Doença Sexualmente Transmissível. A palavra “doença” faz diferença ao implicar haver sinais e sintomas visíveis no corpo da pessoa infectada.
Já o termo “infecção” é mais abrangente e indica que uma pessoa pode ter e transmitir uma IST, mesmo sem apresentar sintomas. Por isso, a OMS recomenda o uso da sigla IST desde 1999.
Quais são as ISTs mais comuns?
Segundo o Ministério da Saúde, existem mais de 30 tipos de ISTs, causadas por vírus, bactérias ou parasitas. No entanto, as mais comuns são a Herpes Genital, HPV, Clamídia, HIV, Sífilis e Hepatites virais B e C.
Herpes Genital
É uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo vírus herpes simplex, que provoca bolhas e úlceras na região genital. Essas lesões podem causar dor, coceira, ardor e vermelhidão.
A transmissão ocorre pelo contato direto com as lesões ou com as secreções de uma pessoa infectada, mesmo que ela não apresente sintomas. Não há cura para o herpes genital, mas existem medicamentos antivirais que podem aliviar os sintomas e reduzir a frequência das crises.
HPV
Conhecido como Papilomavírus Humano, esse grupo de vírus pode originar verrugas na pele ou nas mucosas, incluindo boca, garganta, ânus e região genital. Algumas verrugas são benignas, enquanto outras podem se desenvolver em lesões pré-cancerosas ou câncer, especialmente no colo do útero, pênis e ânus.
A maioria das transmissões é sexual, porém, o vírus também pode ser transmitido de mãe para filho durante a gravidez ou parto. Existem tratamentos específicos para as verrugas, que vão desde pomadas a procedimentos cirúrgicos, e a vacinação oferece uma prevenção eficaz.
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Clamídia
Causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, afeta a uretra, o reto, a garganta e o colo do útero. Em média, 80% das mulheres são assintomáticas, mas podem ocorrer alguns sinais como:
- corrimento vaginal;
- dor ao urinar;
- dor pélvica;
- dor ou sangramento durante relações sexuais;
A transmissão se dá por relações sexuais sem proteção ou de mãe para filho. O diagnóstico é laboratorial e o tratamento, baseado em antibióticos, é crucial para evitar complicações sérias.
HIV
O Vírus da Imunodeficiência Humana é o agente causador da AIDS, que compromete a imunidade, aumentando a vulnerabilidade a infecções. Sua transmissão pode ocorrer por relações sexuais sem proteção, uso compartilhado de seringas, transfusões de sangue contaminado ou de mãe para filho.
A doença pode permanecer assintomática por anos, mas é detectável por testes específicos. Embora sem cura, os tratamentos antirretrovirais ajudam a controlar o vírus e manter a qualidade de vida.
Sífilis
Essa IST, causada pela bactéria Treponema pallidum, se manifesta em estágios variados.
- a sífilis primária traz uma ferida indolor na área genital, desaparecendo espontaneamente;
- a secundária espalha a bactéria pelo corpo, causando sintomas como manchas vermelhas e febre;
- a forma terciária é a mais grave, podendo afetar o coração e o sistema nervoso.
Transmitida sexualmente ou de mãe para filho, requer diagnóstico laboratorial e tratamento com penicilina para prevenir graves complicações.
Hepatites virais B e C
São doenças que afetam o fígado, causadas pelos vírus da hepatite B (HBV) e da hepatite C (HCV), respectivamente. Esses vírus podem causar inflamação, fibrose, cirrose ou câncer no fígado.
Transmitidas sexualmente, por compartilhamento de objetos cortantes contaminados, transfusões de sangue infectado ou de mãe para filho, muitas vezes não apresentam sintomas imediatos. Apesar de não haver cura, o tratamento pode controlar a infecção e evitar o avanço da doença. A vacinação é recomendada contra a hepatite B para prevenção.
Quais os sintomas de cada IST?
Cada IST apresenta sintomas específicos, além de serem assintomáticas em alguns momentos. No entanto, existem sintomas que são mais frequentes. A seguir, vamos ver quais são eles:
- feridas;
- corrimentos e verrugas anogenitais;
- dor pélvica;
- ardência ao urinar;
- lesões de pele;
- aumento de ínguas.
Para identificar uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) o mais cedo possível, o Ministério da Saúde aconselha que você examine o seu corpo com atenção durante a higiene pessoal.
Se notar qualquer alteração, procure um serviço de saúde imediatamente, mesmo que a sua última relação sexual tenha sido há muito tempo.
Qual a forma de prevenção?
A melhor forma de prevenção é o uso de preservativos, tanto masculinos quanto femininos, em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais). Além de evitar o contágio com as ISTs, também evita a gravidez. Você pode pegá-las gratuitamente nas unidades de saúde.
Outras formas de prevenção combinada incluem:
- vacinas para HPV e hepatite B;
- testes para HIV, sífilis e hepatites virais B e C;
- medicamentos para evitar o HIV após uma exposição de risco;
- tratamento para as pessoas que vivem com HIV;
- prevenção da transmissão do HIV, sífilis e hepatite B da mãe para o bebê;
- redução de danos para usuários de drogas.
Quais as formas de tratamento?
O tratamento das IST depende do tipo de infecção, mas é geralmente feito com remédios antibióticos ou antivirais, que devem ser prescritos por um médico após o diagnóstico correto.
Algumas IST têm cura, como a sífilis, gonorreia e clamídia, mas outras não, como o HIV, o HPV e a herpes. Nesses casos, o tratamento serve para aliviar os sintomas, evitar complicações e reduzir o risco de transmissão.
A boa notícia é que tanto o atendimento, diagnóstico e tratamento podem ser feitos gratuitamente nos serviços de saúde do SUS.
Agora que você já conhece tudo sobre as ISTs, como identificá-las e quais os meios de evitar o contágio, coloque tudo em prática e se cuide, ok?
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Fontes:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/i/ist