Disfunções sexuais: quais são, diferentes tipos, tratamentos e mais!

Disfunções sexuais: quais são, diferentes tipos, tratamentos e mais!

Você já passou por uma fase em que o sexo não tinha mais graça, sentiu desconforto ou dor na hora do prazer, ou percebeu que algo não estava normal na sua intimidade? Se a sua resposta foi sim, saiba que você pode estar sofrendo de disfunção sexual. Mas calma, isso não é motivo para pânico. Muitas pessoas passam por isso e nem sabem.

Um estudo feito em uma clínica de planejamento familiar em Recife, Pernambuco, mostrou que mais de 1/3 das mulheres tinham algum tipo de problema sexual. A dificuldade para chegar ao orgasmo foi o mais comum, afetando 18% delas. Outras 13% sentiam dor durante o sexo. Além disso, 11% das mulheres não tinham vontade de transar, 8% não se sentiam excitadas e apenas 1% sofriam de vaginismo.

Esses problemas podem prejudicar sua felicidade, relacionamento e autoestima. Por isso, é essencial entender do que se trata, quais os sintomas para, assim, buscar ajuda médica quando necessário. Neste artigo, vamos falar sobre as principais disfunções sexuais que afetam homens e mulheres. Continue lendo e saiba mais!

O que é disfunção sexual?

Disfunção sexual são problemas que afetam a capacidade de uma pessoa de sentir prazer, satisfação ou intimidade durante a atividade sexual. Elas podem ter diversas causas, como fatores físicos, psicológicos, emocionais, sociais ou relacionais. Mas, apesar de serem comuns, muitas pessoas sofrem em silêncio por vergonha, medo ou falta de informação.

Quais as categorias de disfunções sexuais?

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (MDM), categoriza as disfunções sexuais em subtipos baseados no início da dificuldade e nas circunstâncias em que ocorrem. Esses subtipos são:

  1. primária (ao longo da vida): esta classificação é usada para descrever indivíduos que sempre apresentaram disfunção sexual desde o início de sua atividade sexual. Aqui, o problema é contínuo e persistente ao longo da vida da pessoa;
  2. secundária (adquirida): diferentemente da primária, a secundária se refere a casos onde a pessoa inicialmente tinha uma função sexual satisfatória, mas começou a enfrentar problemas em algum momento da vida. Isso indica que a disfunção foi adquirida após um período de funcionamento sexual normal;
  3. generalizada: nesta categoria, a disfunção ocorre em todas as situações sexuais, independentemente do parceiro ou do contexto. É um problema abrangente que afeta todas as experiências sexuais da pessoa;
  4. situacional: ao contrário da generalizada, a disfunção situacional acontece apenas em certas situações, com determinados parceiros, ou após tipos específicos de estimulação. Aqui, a disfunção é restrita a contextos particulares.

Além de saber o tipo de disfunção, é importante entender quando o problema acontece durante a atividade sexual e o quanto ele afeta a pessoa, podendo ser:

  • leve: atrapalha um pouco, mas a pessoa consegue lidar;
  • moderado: causa mais dificuldades e precisa de mais atenção;
  • grave: impacta fortemente a vida da pessoa, necessitando de ajuda urgente.

Quais as principais disfunções sexuais femininas?

Infelizmente, quase metade das mulheres pode enfrentar algum tipo de desafio sexual em suas vidas. Isso mesmo, cerca de 40 a 45% das mulheres relatam ter alguma dificuldade nessa área.

Mas o que realmente está acontecendo? Bem, as causas são diversas e podem variar desde uma diminuição no desejo, conhecido como Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo, até dificuldades com a excitação, o chamado Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino.

Entender essas disfunções é o primeiro passo para superá-las. Então, a seguir, explicaremos melhor como elas acontecem e qual a melhor conduta para cada caso!

Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino

Este transtorno é caracterizado pelo desinteresse sexual ou pela incapacidade de manter a excitação durante a atividade sexual. Mulheres que sofrem deste transtorno podem achar difícil iniciar ou responder aos avanços sexuais, o que pode levar a sentimentos de frustração ou inadequação.

Ele pode acontecer por diversos motivos, incluindo estresse, desequilíbrios hormonais ou até mesmo questões emocionais. O tratamento envolve, a princípio, buscar ajuda profissional. Entendendo a raiz do problema, soluções como terapias focadas em mindfulness podem ajudar bastante.

Transtorno do Orgasmo Feminino

O Transtorno do Orgasmo Feminino refere-se à dificuldade persistente ou recorrente de atingir o orgasmo após uma fase normal de excitação sexual. Isso pode aparecer de várias formas: às vezes, o orgasmo não acontece; outras vezes, ele é raro, não é tão intenso, ou demora mais do que o esperado para ocorrer, mesmo quando a mulher se sente excitada. Esse problema pode ser:

  • primário, quando a mulher nunca teve um orgasmo
  • secundário, caso ela já tenha conseguido antes, mas agora não consegue mais.

Diversos fatores podem influenciar essa situação. Isso inclui questões cotidianas e relacionais, como falta de preliminares adequadas ou comunicação insuficiente sobre preferências na intimidade. 

Além disso, estados emocionais, como ansiedade e estresse, também desempenham um papel. Influências culturais que minimizam o prazer feminino, certos medicamentos, desconhecimento do próprio corpo e problemas de saúde que afetam a sensibilidade genital também podem contribuir para essa experiência.

O tratamento para esses problemas pode envolver a masturbação, assim como terapia sexual e psicoterapias, melhorando a compreensão e o conforto com a própria sexualidade.

Transtorno da Dor Gênito-pélvica/Penetração (DGPP)

Esse transtorno engloba uma série de condições dolorosas durante a tentativa de penetração, incluindo a vaginismo e dispareunia

A dor pode ser suficientemente intensa para impedir a penetração ou torná-la extremamente desconfortável, afetando negativamente a saúde sexual da mulher e a intimidade do casal.

O tratamento do DGPP pode incluir: lubrificantes, fisioterapia do assoalho pélvico, termoterapia, entre outras. 

✨ Leia também: Dor na relação sexual não é normal! 

Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo

Este transtorno é caracterizado por um desejo sexual significativamente reduzido ou ausente que não é explicado por outros transtornos ou condições médicas. Estudos indicam que cerca de 35% das mulheres no Brasil não têm interesse em sexo e vão para a cama apenas para dormir.

Esse desinteresse pode ser constante ou depender da situação, e pode levar a sentimentos de angústia ou problemas no relacionamento. O tratamento varia conforme a causa do transtorno e pode incluir terapias como hormônios, fisioterapia ou apoio psicológico. É importante buscar ajuda profissional para encontrar a melhor abordagem.

✨ Leia também: Sexo durante a menstruação: mitos e realidades

Quais as principais disfunções sexuais masculinas?

As disfunções sexuais não são uma questão exclusiva das mulheres; elas também afetam os homens de maneiras significativas, influenciando não apenas a qualidade de vida e a autoestima, mas também os relacionamentos. Confira, a seguir, as principais

Diminuição da libido

Às vezes, os homens podem sentir menos desejo de ter relações sexuais. Isso pode acontecer por várias razões, como estar muito estressado, triste, ou até mesmo por problemas de saúde como diabetes. 

Para melhorar essa condição, pode ser útil conversar com alguém sobre seus sentimentos, tentar relaxar mais, e cuidar da saúde. Em alguns casos, pode ser necessário tomar remédios que ajudem a balancear os hormônios.

Disfunção erétil (DE)

A disfunção erétil acontece quando o homem tem problemas para começar ou manter uma ereção. São diversos motivos que causam essa condição, como problemas de saúde, consumo excessivo de álcool, ou mesmo o tabagismo.

Para tratar, o homem pode alterar alguns hábitos de vida, tomar remédios específicos, ou, em alguns casos, procurar tratamentos mais específicos com ajuda médica.

Incapacidade de ejacular

Alguns homens têm dificuldade para ejacular ou não conseguem ejacular, mesmo com uma ereção mantida e estimulação sexual suficiente. Essa condição também é conhecida como anejaculação.

Geralmente, as causas estão ligadas a questões emocionais ou problemas de saúde. O tratamento geralmente envolve conversar com um especialista, que pode ser um médico ou um terapeuta, e em alguns casos, tomar medicamentos.

Ejaculação precoce

Em contramão da condição anterior, a ejaculação precoce acontece quando o homem ejacula muito rápido durante o sexo, o que pode ser frustrante para ele e sua parceira. 

Embora a causa exata seja desconhecida, acredita-se que fatores psicológicos como ansiedade, problemas de relacionamento, ou até mesmo experiências sexuais precoces possam desempenhar um papel. Fatores biológicos também podem contribuir.

Existem técnicas que podem ajudar a controlar a situação, como técnicas de controle mental e físico, uso de medicamentos que retardam a ejaculação, até mesmo terapia sexual ou de casal para reduzir a ansiedade e aumentar a comunicação entre o casal.

Resumindo, as disfunções sexuais são problemas que atingem tanto as mulheres quanto os homens e tem solução! Através do diálogo aberto, do autoconhecimento e da orientação de um profissional especializado, você pode embarcar em uma jornada de descobertas e prazeres. Transforme sua vida sexual em uma experiência vibrante e contínua!

Antes de você ir, te convidamos a acessar o blog da Inciclo e ler vários conteúdos sobre os mais diversos temas para pessoas que menstruam ficarem informadas. Até o próximo artigo! 💜 

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Fonte: https://educa.cetrus.com.br/disfuncao-sexual-o-que-e-e-quais-sao-as-principais/  

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