A menstruação ao redor do mundo

A menstruação ao redor do mundo

E como diferentes sociedades lidam com todos os tabus relacionado ao período menstrual

O ano é 2017, mas ainda existem muitas histórias sobre a menstruação que parecem vindas do século passado (e muitas delas vêm). A menstruação é considerada, em muitos locais, como um fenômeno quase místico, exótico, assustador. Você deve estar se perguntando: Ainda hoje? Será? Então, no post de hoje, vamos mostrar como algumas sociedades ainda são opressoras em relação à menstruação e como essa realidade tão assustadora ainda é parte do dia a dia de muitas mulheres ao redor do mundo.

No Japão, considerado um dos países mais modernos do mundo, há um mito de que a menstruação altera o paladar das mulheres, por isso recomenda-se que as mulheres não façam sushis no período menstrual, para que não aconteça algum erro na receita, ou algo passe despercebido por elas. Ou seja, os países de primeiro mundo, também possuem crendices populares que não encontram apoio científico e ainda comprometem a saúde feminina. Aliás, em nenhum dos casos que citaremos como exemplo, existe uma pesquisa científica que comprove a veracidade. Na Bolívia, o mito de que o sangue menstrual pode causar câncer, faz com que as mulheres não joguem o papel higiênico no lixo do banheiro, por isso, é comum que elas carreguem consigo uma sacolinha onde jogam o lixo menstrual para descartarem somente quando estiverem longe e sozinhas. E em Bangladesh não é muito diferente, já que a recomendação é que esse lixo seja queimado ou enterrado para não atrair espíritos ruins.

Claro que quando o país tem problemas com a saúde pública, a situação consegue ser ainda mais grave, pois mistura tabus, complexos, higiene e acessibilidade. Na India, onde a saúde feminina é tratada com descaso, é comum que as mulheres saiam para comprar os seus absorventes e enrolem as embalagens em vários papéis e sacolas, para disfarçar o conteúdo que carregam, provando, assim, que a menstruação ainda é associada à vergonha. Pesquisas desenvolvidas por marcas de absorventes menstruais mostram que mesmo nos dias atuais, muitas meninas deixar de ir à escola durante o período menstrual por motivos diversos como insegurança, vergonha ou medo de alguma exposição de sua intimidade. No Afeganistão, acredita-se que lavar a vagina durante o período menstrual contribui para a infertilidade nas mulheres, assunto esse que contou com a intervenção da UNICEF, que precisou criou um programa para divulgar que isso é um mito. No Irã, quase a metade das jovens consideram a menstruação como uma doença. As meninas não têm acesso aos tampões e muitas famílias acreditam que absorventes podem comprometer a virgindade, o que é muito sério por questões religiosas locais.

Em países muito pobres, os absorventes ainda são uma questão de luxo, e esbarram também nas questões sócio-econômicas. Para esses lugares, há de se olhar com ainda mais atenção. Onde o saneamento básico é precário, muitas mulheres não encontram com facilidade um banheiro à sua disposição, e são obrigadas a passarem longas horas com o mesmo absorvente, que se torna um local extremamente propício para o desenvolvimento de bactérias e fungos.

Nos países em desenvolvimento, as mulheres acompanham a chegada e aceitação dos Coletores Menstruais, vendo nesses uma maneira barata, eficiente e prática para os períodos menstruais. E nos países em desenvolvimento, o Coletor Menstrual já está circulando há alguns anos com altíssima aceitação, e cada vez mais, atinge mulheres de diferentes idades e classes.

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