Oie, talvez você não saiba, mas nós falamos e pensamos nisso o tempo todo. Dentro e fora de casa, existem barreiras. É como se vestir pra guerra, sabe? E não, não é exagero!
O pensamento sobre a nossa segurança anda lado a lado com o nosso dia a dia e isso começa desde o nosso despertar.
Que roupa vamos vestir, para onde vamos, como vamos e onde vamos chegar, são decisões que estão presente a cada segundo no nosso dia.
A cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgados em 2015. A violência de gênero tem alvo e atinge várias mulheres diariamente e de diversas formas: assédio, violência doméstica, feminicídio, cultura do estupro e mil outras formas. Essa é a parte da construção de uma sociedade mais opressora para as mulheres.
Ser mulher no Brasil é uma tarefa bem difícil já que é considerado o 5º país que mais mata mulheres no mundo de acordo com o Mapa da Violência de 2015, organizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. Então imagina comigo, se a cada 11 minutos uma mulher é estuprada e de cada 10 violentadas 7 tem até de 19 anos de idade, com a segurança de acolhimento oferecida no Brasil, quantas vocês acham que denunciam?
O percentual de casos que chegam aos órgãos competentes é apenas de 35%, porque além da violência sofrida, o medo da falta de justiça e da perseguição do seu opressor é uma realidade que as assombra. Ser mulher no Brasil é viver em constante prova de fogo e sobrevivência.
Hoje, mais do que nunca, gritamos por justiça. Já que conviver com o medo de sobreviver dia após dia é lição de casa obrigatória, precisamos ao menos ter a certeza de uma justiça que possa lutar com a gente nessa linha de frente desafiadora que é acordar viva neste país.
Para todas as mulheres: força, voz e fortalecimento.
Para todas as mulheres desse Brasil, esperança! ESPERANÇA.
Não podemos nos calar!