Corrimento vaginal: conheça os tipos e seus significados

Corrimento vaginal: conheça os tipos e seus significados

Embora seja uma característica fisiológica do corpo feminino, a menstruação ainda é cercada por tabus. Como consequência, dúvidas frequentes sobre o volume do fluxo menstrual podem surgir, causando incerteza e preocupação nas mulheres. 

Para te deixar mais tranquila e fornecer informações importantes, fizemos este artigo. Aqui, vamos falar sobre as variações normais do fluxo menstrual, explicar quais fatores podem influenciá-lo — como o estilo de vida e o uso de contraceptivos — e também como identificar possíveis alterações. Vamos lá?

O que é fluxo menstrual?

O processo do fluxo menstrual é uma parte natural do ciclo reprodutivo das mulheres, em que as paredes internas do útero, chamadas endométrio, se descamam. Isso ocorre mensalmente e tem como objetivo preparar o corpo para uma possível gravidez. Caso a gravidez não aconteça, o revestimento uterino é naturalmente eliminado na forma de sangue e tecido.

Geralmente, a menstruação começa nas meninas por volta dos 12 anos. Nos ciclos após a primeira menstruação — conhecida como menarca — o fluxo pode ser um pouco irregular, assim como próximo da menopausa.

O fluxo menstrual varia de mulher para mulher. Algumas experimentam um fluxo mais leve, perdendo até 50 ml de sangue durante todo o período menstrual. Para se ter uma ideia, uma xícara cheia de café expresso tem cerca de 50 ml. 

Outras têm um fluxo moderado, com perdas de até 80 ml. Um fluxo de até 160 ml, embora mais intenso, ainda é considerado normal. Algumas mulheres, como adolescentes ou aquelas que usam o DIU, podem ter um sangramento ainda mais abundante.

Quanto aos ciclos menstruais, eles têm intervalos que variam de 21 a 35 dias, com a duração do período menstrual variando de 2 a 8 dias. Existem outros tipos de sangramento vaginal que podem ser confundidos com menstruação, como a loquiação, por exemplo, que fogem dos parâmetros considerados normais para o fluxo menstrual.

Mariana Betioli, Obstetriz e CEO da Inciclo, explica a condição: “o sangramento pós-parto conhecido como loquiação acontece porque a placenta se desligou do útero. Como o corpo da mãe mandava sangue para o bebê pela placenta, quando ela sai, o sangue continua sendo enviado para essa área até que o processo de cicatrização esteja completo e o útero volte ao tamanho normal. Tal condição não deve ser confundida com menstruação”, indica. 

 👉 Leia também: Quem tem fluxo intenso pode usar o coletor menstrual Inciclo? 

O que é considerado fluxo menstrual intenso?

Quando uma mulher perde mais de 170 ml de sangue durante seu período menstrual, é considerado um sangramento menstrual intenso, também chamado de menorragia

Isso pode trazer alguns sintomas comuns, tais como: 

  • Necessidade de trocar absorventes externos ou internos a cada uma ou duas horas; 
  • Duração da menstruação superior a sete dias;
  • Presença de coágulos de sangue maiores que 1 moeda (2,54 cm).

Embora fluxos intensos não sejam um problema para todas as mulheres, em muitos casos, podem indicar algumas complicações, como:

  • Endometriose;
  • Adenomiose;
  • Mioma;
  • Fibromas;
  • Pólipos;
  • Alterações hormonais.

Além disso, a menstruação intensa pode levar à anemia e deficiência de ferro. Isso ocorre quando a perda de sangue é excessiva e o corpo não consegue repor a quantidade de ferro necessária, o que pode levar a uma série de complicações relacionadas à falta desse nutriente essencial.

 👉 Leia também: Feridas no colo do útero: o que você precisa saber para proteger sua saúde íntima 

Como medir o meu fluxo?

Uma forma eficiente e prática de medir o fluxo da menstruação é usando o coletor menstrual. O copinho tem marcações que indicam o volume coletado durante o período de uso e ajudam também a quem menstrua a acompanhar outras alterações na menstruação como a mudança de cor e a presença de coágulos.

Quais são as causas do fluxo menstrual intenso?

O fluxo menstrual intenso pode ter diversas causas. Explicaremos as principais a seguir, de forma descomplicada! Confira!

1. Oscilação hormonal

Às vezes, acontecem variações na produção de hormônios.. É mais comum em adolescentes ou mulheres que estão se aproximando da menopausa. Mas também pode acontecer devido a algumas condições como a  síndrome do ovário policístico ou endometriose. 

2. Problemas ginecológicos

Além da festa hormonal, certos problemas no aparelho reprodutivo também podem ser responsáveis pelo fluxo menstrual mais intenso. Miomas, pólipos e até mesmo uma doença inflamatória pélvica podem ser “vilões” nessa história. Geralmente, esses problemas não dão sinal, então é super importante fazer exames preventivos regularmente.

3. DIU e medicamentos 

Se a mulher usa o DIU de cobre, que é o modelo sem hormônios, pode ser que ele esteja contribuindo para um fluxo menstrual mais intenso. O uso de  anticoagulantes e anti-inflamatórios também pode interferir na intensidade do sangramento.

4. Outras condições de saúde

Acredite ou não, a sua menstruação pode dizer muito sobre a sua saúde! Se o seu fluxo menstrual está mais intenso, pode ser um sinal de problemas.

Como é feito o tratamento do fluxo menstrual intenso?

O principal objetivo do tratamento é amenizar o fluxo menstrual intenso e melhorar a qualidade de vida da mulher.

Para lidar com o fluxo menstrual intenso, temos diferentes abordagens: tratamentos com medicamentos e, se necessário, intervenções cirúrgicas. O importante é contar com a ajuda de um médico para decidir qual é a melhor opção para e, assim, melhorar o fluxo menstrual e a qualidade de vida da mulher!

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