Corrimento e coceira na região íntima? Isso pode ser vaginite!

Corrimento e coceira na região íntima? Isso pode ser vaginite!

Coceira, corrimento e dor durante as relações sexuais estão entre os três sintomas que mais levam as mulheres ao ginecologista. Geralmente, esses são indícios de um problema simples, mas muito comum: a vaginite.

Se você também lida com esses sintomas no seu dia-a-dia, continue a leitura! No texto de hoje, vamos aprender como identificar uma vaginite, causas, sintomas e tratamentos para evitar inflamações na região íntima. Confira!

O que significa vaginite?

Na área da saúde, a terminação “ite” sempre indica uma inflamação — assim como em rinite, sinusite e amigdalite, por exemplo. Portanto, o termo vaginite está relacionado a uma inflamação na vagina.

Esse tipo de inflamação também pode ser conhecido como “vulvite”, quando atinge apenas a região da vulva, ou “vulvovaginite”, quando atinge vulva e vagina ao mesmo tempo. 

A vaginite pode ser causada por infecções fúngicas, como a candidíase, por infecções sexualmente transmissíveis e até mesmo por conta do uso de absorventes comuns. Por isso, é uma inflamação muito comum, que pode atingir a maioria das mulheres em algum momento da vida.

Como identificar uma vulvovaginite?

Os sintomas da vaginite ou da vulvovaginite podem variar conforme a causa do problema. No geral, qualquer mudança fora do comum na região íntima pode indicar a presença de uma inflamação.

Os principais sinais de alerta que devemos ficar atenta são:

  • Coceira ou irritação na região íntima;
  • Vermelhidão na vulva ou na vagina;
  • Alteração do corrimento ou mau cheiro;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Dor ou ardência para fazer xixi;
  • Sangramento vaginal fora da menstruação.

Se perceber qualquer um desses sintomas, é importante consultar o seu ginecologista de confiança quanto antes. Isso porque, quanto mais rápido for identificada a causa, mais eficiente será o tratamento.

O que pode causar vaginite?

A maioria dos tipos de vaginite são causadas por infecções por fungos, protozoários ou bactérias. Entretanto, algumas situações simples do dia-a-dia também podem aumentar o risco de desenvolver uma inflamação, como:

  • Usar roupas apertadas;
  • Ficar com roupas íntimas úmidas;
  • Falta de higiene na região íntima;
  • Uso de absorventes descartáveis;
  • Ter muitos parceiros sexuais;
  • Baixa no sistema imunológico.

Geralmente, as causas mais comuns para uma inflamação na região íntima feminina são: 

Candidíase

A candidíase genital é uma infecção causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans. Essa é uma das infecções vaginais mais comuns, por isso, seus sintomas são conhecidos da maioria das mulheres: corrimento branco em grumos, ardência ao urinar, coceira na região íntima e dor nas relações sexuais.

Ao contrário do que muita gente pensa, a candidíase não é uma infecção sexualmente transmissível. Na verdade, o fungo Candida já existe naturalmente no nosso organismo e é inofensivo no dia-a-dia. 

Entretanto, quando passamos por grandes alterações hormonais, altos níveis de estresse, usar absorventes descartáveis ou tiver uma baixa da imunidade, por exemplo, ele se reproduz exageradamente e causa a infecção.

Vaginose

A vaginose bacteriana é causada por bactérias que se multiplicam no interior da vagina. Essa infecção é caracterizada por um corrimento branco, amarelado ou acinzentado, ralo e com odor forte, parecido com cheiro de peixe podre.

A vaginose acontece principalmente quando existe um desequilíbrio na flora vaginal. O que pode ser causado por uso de absorventes descartáveis, duchas vaginais, relações sexuais frequentes ou com vários parceiros, infecções sexualmente transmissíveis e até mesmo pelas alterações causadas pelo período menstrual.

Tricomoníase

A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada por um protozoário chamado Trichomonas vaginalis. Ela é transmitida pelo sexo sem proteção e pode atingir tanto as mulheres quanto os homens.

É comum que a tricomoníase seja uma infecção assintomática nos homens. Já nas mulheres, ela pode atingir a vulva, a vagina e o colo do útero. Isso além de causar sintomas bem desconfortáveis, como corrimento amarelo ou esverdeado, cheiro forte na vagina, coceira, vermelhidão e ardência na região íntima.

Os sintomas da tricomoníase podem aparecer entre 5 e 28 dias depois da relação sexual desprotegida. Por isso, é importante procurar um médico já nos primeiros dias de sintomas, já que o tratamento deve ser feito pelo casal.

Alergias

A região íntima é muito sensível. Portanto, é normal que ela apresente reações alérgicas a diversos fatores comuns no dia-a-dia, como:

Esse tipo de alergia na vagina ou na vulva também pode ser a causa de uma vaginite, provocando principalmente coceira na região íntima e aumento da quantidade de corrimento vaginal.

Como tratar a vaginite?

O primeiro passo para tratar a vaginite é procurar um ginecologista. Esse profissional poderá realizar os exames necessários para identificar a causa dos sintomas e recomendar o tratamento mais adequado.

Nos casos de vaginite por candidíase, por exemplo, o tratamento pode ser feito de forma simples em casa, mas se os sintomas persistirem, é necessário o uso de medicamentos e pomadas antifúngicas. Já quando a vaginite é causada por alergias, é importante descobrir a causa da alergia antes de iniciar o tratamento. Normalmente, as alergias acontecem pelo uso de absorventes, sabonetes e perfumes íntimos.

De toda forma, o melhor tratamento para vaginite sempre será manter os cuidados básicos com a região íntima para prevenir qualquer tipo de inflamação e infecção.

As maneiras mais fáceis de evitar uma inflamação vulvovaginal são:

Autoconhecimento é saúde!

O autoconhecimento é o segredo para prevenir a vaginite ou qualquer outra doença que afete a região íntima. Isso porque somente conhecendo o seu corpo é possível perceber qualquer sintoma fora do comum e iniciar um tratamento o quanto antes.

Por isso, não tenha medo ou vergonha de se tocar e conhecer a textura, o cheiro e a aparência da sua vagina.
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