Pobreza Menstrual: um problema silencioso que precisamos falar.

Pobreza Menstrual: um problema silencioso que precisamos falar.

Parceria entre Espro e Inciclo cria programa nacional de conscientização para aprendizes, impactando familiares e a comunidade onde vivem.

O Espro (Ensino Social Profissionalizante) e nós, lançamos, em setembro deste ano, o Projeto Novo Ciclo, um programa de conscientização voltado a adolescentes e jovens de todo o país. 

O projeto vai atender, anualmente, cerca de 15 mil aprendizes, a maioria em situação de vulnerabilidade social. Nossos coletores menstruais serão distribuídos gratuitamente às participantes do programa.

Pobreza menstrual é real

Mais de quatro milhões de estudantes brasileiras frequentam escolas com condições precárias de higiene, como banheiros sem condições de uso, sem pias ou lavatórios, papel higiênico e sabão, segundo o estudo “Pobreza Menstrual no Brasil: Desigualdades e Violações de Direitos”, da Unicef e do UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas). Desse total, 200 mil meninas não têm acesso a qualquer item básico de higiene nas escolas e 713 mil delas não têm chuveiro e sanitário em suas casas. 

No Projeto Novo Ciclo, criamos e incluímos uma trilha de conhecimento sobre sexualidade na formação dos jovens, em conjunto com a capacitação deles para o mercado de trabalho. 

“O combate à pobreza menstrual começa com a conscientização não só das meninas, mas também dos meninos. Por isso, o projeto visa conscientizar não apenas o público que menstrua, mas todas as pessoas, para que se tornem aliadas na luta ao combate à pobreza menstrual, à desinformação, aos tabus e aos preconceitos”, afirma Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro.

A capacitação prevê temas como higiene, saúde, sexualidade e meio ambiente, por meio de oficinas, lives, podcasts e oficinas de geração de renda. “Vamos promover amplo envolvimento e conscientização de nossa rede de assistentes sociais, psicólogos, instrutores e demais educadores nessa trilha de conhecimento, para que propaguem essas informações e deem apoio aos participantes do programa e seus familiares”, diz Saade.

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