O que falta dizer

Prevenção do Câncer de Mama x Mamografia: como agir?

No mês da campanha #OutubroRosa, muito se fala da importância da prevenção do câncer de mama, mas pouco é explicado sobre a melhor maneira que de se fazer.

Ao contrário do que muitas mulheres pensam, a OMS e o Ministério da Saúde recomendam o rastreamento do câncer de mama (a tão desconfortável e invasiva mamografia) como prioritária somente para o chamado grupo de risco, mulheres com idade entre 50 e 69 anos e, mesmo assim, que o exame seja realizado a cada 2 anos. Isso porque os possíveis benefícios e danos causados pelo exame, para essa faixa etária, são equivalentes.

Já para faixas etárias diferentes do público alvo (mulheres entre 40 e 49 anos e acima de 70 anos), o Ministério da Saúde se posiciona contra o rastreamento com mamografia. Para essas faixas etárias, os possíveis danos causados pelo exame claramente superam os benefícios, existindo grande possibilidade de serem realizadas biópsias desnecessárias e grandes chances de falsos-positivos ou sobrediagnósticos, quando a mulher saudável é diagnosticada com câncer e submetida à quimioterapia e radioterapia.

A Força-Tarefa Canadense, o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o World Cancer Research Fund e o American Institute for Cancer são unânimes no que diz respeito à melhor forma de prevenção, mais focada na prevenção primária via estilo de vida do que na procura pela doença: adotar hábitos saudáveis, ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas são as melhores formas de se prevenir. E acima de tudo, o aleitamento materno, que diminui consideravelmente as chances de desenvolver câncer de mama para a mãe (quanto maior for o período de aleitamento e maior o número de filhos, menores as chances), e também para as filhas dessas mulheres, visto que ser amamentada também tem efeito de prevenção.
#OutubroRosa #PrevençãoConsciente