Mito da perfeição das vaginas

o mito da perfeição das vaginas

Mito da perfeição das vaginas

o mito da perfeição das vaginas

Fomos ensinadas a pensar que nosso corpo deve atender um a um padrão estabelecido pela sociedade. Ensinadas a pensar que somos grandes ou pequenas demais, que nosso peito é muito grande ou muito pequeno. E nessa perfeição toda, sobra até pra nossa vulva. Existe um mito da perfeição das vaginas de que todas devem ser iguais, que todas devem ser pequenas, que nossos lábios não podem ser muito grandes e por aí vai. 

Já ouviu falar de Labioplastia, clitoroplastia, vontouring? Se você não ouviu, muito provavelmente nunca quis modificar os lábios da vulva, reduzir o tamanho do clitóris ou diminuir a entrada da vagina. É estranho pensar que existe um padrão até para isso e que nós devemos segui-lo para nos sentirmos melhores com nós mesmas.

Um pequeno estudo realizado em 2018 com jovens pacientes do hospital Royal Children’s Hospital, na Austrália revelam que o desejo de ter uma vagina como as mostradas em filmes pornográficos foi a principal motivação das pacientes analisadas pelos pesquisadores para realizar esses tipos de procedimentos. Segundo o estudo, a visão estereotipada da genitália feminina mostrada na pornografia e a falta de referências para que as jovens comparem suas vaginas fazem algumas delas se sentirem desconfortáveis com o aspecto de suas vulvas.

Segundo o estudo, o problema é que “sua visão do que é normal e sexualmente desejável está sendo distorcida por uma cultura moderna, que promove uma vulva minimalista e pouco realista como ideal de beleza genital”.

Ao não cumprir com as expectativas da sociedade para com o seu corpo, muitas mulheres desenvolvem compulsões, ansiedade, depressão e outros tipos de problemas psicológicos, podendo chegar até a vontade de tirar sua própria vida. É muito cruel pensar que o mundo que vivemos hoje incentiva cada vez mais as intervenções. 

Corpos reais, vulvas reais

As vulvas se diferenciam entre si por diversos motivos, explica a sexóloga Sônia Encinas. “O tamanho do clitóris e dos lábios, sua forma, a textura, a cor, o pelo…”, enumera. “E as próprias genitálias mudam constantemente conforme faz frio ou calor, segundo a fase do ciclo menstrual, a roupa que vestimos, se estamos excitadas ou acabamos de ter um orgasmo, em função da alimentação e da idade”, acrescenta.

Por isso, incentivamos as mulheres ao autoconhecimento e a aceitação. Seu corpo, sua vagina e você são perfeitos!

Baseado no texto de SILVIA C. CARPALLO | LAIA FONT
Originalmente publicado em El País em 25 de Dezembro de 2018.

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