Tudo sobre saúde íntima e 5 fatos que você não sabe sobre sua vagina

Tudo sobre saúde íntima e 5 fatos que você não sabe sobre sua vagina

A saúde íntima feminina é um tema que ainda gera vergonha ou medo em muitas mulheres, porém é fundamental para o seu bem-estar e qualidade de vida. Ela abrange não só os cuidados com a higiene, mas também a prevenção de doenças, a sexualidade e a autoestima

Nesse sentido, conhecer a anatomia feminina é muito importante. Por exemplo, você sabia que o clitóris tem mais terminações nervosas do que o pênis? Ou que a vagina pode aumentar até duas vezes o seu tamanho quando a mulher está excitada?

Segundo um estudo conduzido pela YouGov nos Estados Unidos em 2020, aproximadamente 45% das mulheres e 59% dos homens não conseguiam identificar corretamente a vagina em um esquema do sistema genital feminino.

Pensando nisso, neste artigo, vamos compartilhar 5 fatos curiosos sobre a anatomia feminina que talvez você desconheça e fará toda a diferença na sua saúde íntima. Confira!

O que toda mulher deve saber sobre saúde íntima

A saúde íntima da mulher é um assunto que muitas vezes é cercado de tabus, vergonha e desinformação. No entanto, é muito importante conhecer o seu próprio corpo, saber cuidar dele e entender quando procurar ajuda médica.

A região íntima feminina possui uma proteção natural, chamada flora vaginal. Ela é formada por bactérias benéficas que mantêm o equilíbrio do pH e impedem o crescimento de micro-organismos nocivos. Para preservar essa flora, é preciso ter alguns cuidados com a higiene íntima, como:

  • Lavar a região genital com água e sabão íntimo neutro, sem exagerar na quantidade ou na frequência. O excesso de limpeza pode remover a flora vaginal e causar ressecamento, irritação e infecções.
  • Evitar o uso de lenços umedecidos e de papel higiênico perfumado, que podem conter substâncias alergênicas ou irritantes. O ideal é usar papel higiênico branco e macio, e sempre se limpar da frente para trás, para evitar a contaminação da vagina pela bactéria da urina ou das fezes.
  • Não realizar duchas vaginais. Elas também podem alterar o pH da vagina e favorecer o surgimento de infecções, como candidíase e vaginose bacteriana. Além disso, elas podem remover o muco cervical, que é uma barreira natural contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
  • Substituir absorventes descartáveis por coletores menstruais, discos menstruais ou calcinhas absorventes. Eles são feitos, respectivamente, de silicone medicinal e tecido especial com alta capacidade de absorção e impermeabilização. O uso de absorventes pode aumentar o risco de infecções e até de síndrome do choque tóxico, uma complicação grave causada por uma bactéria que libera toxinas na corrente sanguínea.
  • Usar roupas íntimas de algodão e evitar as de tecidos sintéticos ou apertados. O algodão permite que a pele respire melhor e evita a umidade e o abafamento da região íntima, que podem favorecer o crescimento de fungos e bactérias.
  • Dormir sem calcinha ou usar uma calcinha confortável. Isso também ajuda a ventilar a região íntima e a prevenir infecções.

Além desses cuidados com a higiene íntima, é importante ter uma alimentação saudável, beber bastante água, praticar exercícios físicos e evitar o estresse. Esses hábitos contribuem para fortalecer o sistema imunológico e manter a saúde geral do corpo.

Outro aspecto fundamental é o autoconhecimento. Observar a própria vulva no espelho, se tocar e se masturbar são formas de descobrir quem você é e o que te dá prazer. Além disso, é recomendado consultar um ginecologista regularmente, para fazer exames preventivos, de toque e mamografia.

5 fatos que talvez você não saiba sobre sua vagina

A anatomia feminina é cheia de mistérios e surpresas. A seguir, vamos compartilhar algumas curiosidades sobre a anatomia feminina que você talvez não saiba e são super importantes para o autoconhecimento. Confira!

🎥 Assista: Como é Anatomia Feminina 

1. O clitóris tem aproximadamente 8 mil terminações nervosas, por isso é tão sensível

O clitóris é um órgão sexual feminino que fica na parte externa da vulva, entre os lábios vaginais. Ele é formado por tecido erétil, ou seja, que se enche de sangue e se torna mais rígido quando estimulado. 

Ele tem aproximadamente 8 mil terminações nervosas, por isso é tão sensível ao toque. Isso explica porque muitas mulheres preferem estímulos que não sejam diretamente no clitóris e sim ao lado dele, já que a sensação pode ser mais prazerosa e menos intensa.

A título de curiosidade, o pênis tem cerca de 4 mil terminações nervosas, ou seja, metade do que o clitóris tem.

2. A vagina pode dobrar de tamanho

A vagina é um canal muscular que liga a vulva ao útero. Ela mede de 7 a 10 cm de comprimento, mas quando a mulher está excitada o canal pode dobrar de tamanho

Isso acontece porque as paredes da vagina têm “dobrinhas” que se abrem preparando para a relação sexual. O mesmo mecanismo acontece durante o parto, quando a vagina se dilata para permitir a passagem do bebê.

Por isso, qualquer tipo de penetração sem que a mulher esteja relaxada e excitada, pode ser bem desconfortável.

👉 Leia também: Depois da relação, é normal escorrer um líquido transparente? 

3. Os pelos pubianos caem a cada 3 semanas

Os pelos pubianos têm uma função protetora por evitarem o contato direto da pele com agentes externos, como bactérias, fungos e vírus. Eles também ajudam a manter a temperatura e a umidade da região íntima.

Mas os pelos pubianos têm um ciclo de vida curto, de cerca de 3 semanas. Depois disso, eles caem e são substituídos por novos. Já o cabelo pode durar até 7 anos no couro cabeludo, antes de cair.

Por isso, é normal que você encontre alguns pelos soltos na sua calcinha ou no chuveiro. Mas se você notar uma queda excessiva ou anormal dos pelos pubianos, pode ser sinal de alguma doença ou deficiência nutricional. Nesse caso, procure um médico.

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4.  A vagina tem um mecanismo de autolimpeza

Isso mesmo, ela não precisa de produtos químicos ou artificiais para se manter saudável e higiênica. Na verdade, esses produtos podem até prejudicar a saúde vaginal, causando infecções e irritações.

A flora bacteriana, que são microorganismos que vivem em harmonia e protegem o órgão de invasores nocivos, fazem essa função de limpeza. Elas também produzem ácido lático, que mantém o pH da vagina ácido, impedindo o crescimento de fungos e outros germes.

Além disso, a vagina se lubrifica naturalmente, especialmente durante a excitação sexual. Essa lubrificação ajuda a eliminar as células mortas e as impurezas que possam estar presentes na região.

5. A palavra vagina vem do latim e significa bainha

Você já se perguntou de onde vem a palavra vagina? Ela tem uma origem curiosa e um pouco machista. A palavra vem do latim e significa bainha, ou seja, uma peça de couro que cobre a lâmina de uma espada.

O primeiro a usar a palavra vagina para se referir ao órgão feminino foi o anatomista Johann Vesling, em 1641. Ele usou essa palavra como uma metáfora para descrever a relação sexual entre um homem e uma mulher, onde a vagina seria a bainha que cobre a espada, ou seja, o pênis.

Essa analogia mostra como a vagina era vista na época: apenas como um receptáculo passivo para o órgão masculino, sem considerar o seu papel ativo no prazer e na reprodução feminina.

Hoje em dia, sabemos que a vagina é muito mais que um receptáculo passivo para o pênis. É um órgão incrível, complexo e sensível, com capacidade de se adaptar a diversos tamanhos, se contrair durante o orgasmo e o parto, além de te dar muito prazer! Logo, ela é parte essencial da sexualidade e da saúde da mulher.

O papel da vagina na saúde geral da mulher

A vagina é um órgão essencial para a saúde feminina e desempenha diversas funções relevantes, tais como:

  • Possibilitar a penetração dos espermatozóides durante o ato sexual, favorecendo a concepção do óvulo pelo útero e trompas de Falópio.
  • Propiciar a eliminação do fluxo menstrual, que consiste na descamação da camada interna do útero quando não ocorre a gestação.
  • Facilitar a expulsão do bebê na hora do nascimento, adaptando-se ao formato e ao volume da cabeça dele.
  • Gerar secreções que contribuem para lubrificar e para prevenir a vagina de infecções, preservando a harmonia da flora vaginal.
  • Dar prazer a mulher. A vagina é um órgão muito sensível, já que possui muitas terminações nervosas que permitem a sensação de prazer durante a relação sexual. Além disso, é na vagina que está localizado o chamado ponto G, uma área que, quando estimulada, pode provocar orgasmos intensos.

👉 Leia também: Sexo durante a menstruação: Tire suas dúvidas sobre transar menstruada

Como vimos no texto, a saúde íntima da mulher é um tema que merece atenção e cuidado por envolver aspectos físicos, emocionais e sociais. 

A vagina é um órgão complexo e fascinante, com características únicas e funções essenciais para o bem-estar feminino. Por isso, é importante conhecer alguns fatos sobre a saúde íntima. Por exemplo:

  • Porque o clítoris é tão sensível;
  • A vagina é autolimpante;
  • Ela pode aumentar de tamanho;
  • A frequência de crescimento dos pelos;
  • Origem do seu termo.

Esses são apenas alguns dos fatos que você pode aprender sobre a sua saúde íntima. Para saber mais sobre esse assunto tão importante para as mulheres, continue acompanhando o nosso blog e tenha acesso a informações valiosas sobre saúde feminina, menstruação saudável e sexualidade. Lembre-se sempre: cuidar da sua saúde íntima é cuidar de você mesma! 💜

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